quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Há sempre Alguém melhor e pior Que Nós

Tenho muito prazer em mostrar o Mundo a P.. Mas como o Mundo é enorme, resolvi começar por pequenas coisas. Fui eu que lhe mostrei o quão fácil era andar de bicicleta sem o apoio das rodinhas; como piscar um olho de cada vez; como assobiar e como estalar os dedos. É deste último que eu vou falar agora.
Já me habituei a que, volta e meia, P. aproxime os seus dedinhos ao meu ouvido, para me mostrar como está o nível do seu estalinho. No início, P. recorria ao truque de molhar os dedos, para que a sonoridade fosse maior. Agora já não é preciso: P. é dona de um estalinho que impõe respeito!
Um dia destes, estávamos nós à mesa, quando eu estalei os meus dedos. O som preencheu a cozinha!

- Fogo tio, como é que consegues dar estalinhos assim?! - perguntou P. admirada.

- Quando fores um bocadinho mais velha, também vais conseguir - garanti eu - é uma questão de prática.

P. resolveu praticar um pouco. Passados alguns segundos, foi a vez de R. se admirar com a grandiosidade sonora do estalinho de P...

(Não consigo deixar de pensar que, quanto mais velhos somos, mais facilmente impressionamos os mais novos com coisas que consideramos normalíssimas. O que eles não sabem é que, apesar de serem bastante mais novos, conseguem impressionar-nos muito mais...)

2 comentários:

Cláudia L. disse...

impressionam pela espontaneidade

nuno brolock disse...

É verdade. E são muito 'espertinhos'...