O Pinheiro Que Não Era do Natal - 1ª. parte

Baruum! Whoosh! Vump!
Das mãos dele saíam raios de fogo mais afiados que um machado de índio.
- Pára com isso! Ai de ti que me caia algum pinheiro em cima – dizia ela enquanto amparava a queda de um tronco com um rampa feita de cabelo.
- Não sejas desmancha-prazeres! Não viemos aqui para levar um pinheiro de Natal?
- Sim, mas não precisas de derrubar todos...Para além disso, este é muito pesado para ser transportado por nós.
- Olha, olha. Então mas a menina dos cabelos de princesa não tem um cabelo super forte e resistente? Tava a contar contigo...
- O menino do braço de fogo deve ter batido com a tola, só pode!
- Menino não, rapaz! – interrompeu ele, furioso.
-As princesas têm um cabelo longo, belo, brilhante, sedoso e outras coisas que não sabes o que querem dizer, mas não tem de ser forte.
- E a Rapunzel, por acaso não é uma princesa? Ela tinha os cabelos bem fortes. E por falar em “coisas que eu não sei o que querem dizer”, por acaso disseste seboso?
Ela não respondeu.