Sem se aperceberem, estavam cada vez mais embrenhados na Natureza. Havia algo de maravilhoso naquele lugar e ambos o sentiam.
O rapaz já não derrubava todos os pinheiros que teimavam em pôr-se no seu caminho. Para dizer a verdade, ele não os derrubava. Limitava-se a fatiá-los. Isso mesmo, fatiar. Lançava um raio de fogo suficiente fino para fatiar um pinheiro pela raiz. Mas isso foi antes de dar ouvidos à sua irmã. A menina estava contente com esta nova atitude. Assim pelo menos podia contemplar melhor a beleza da floresta.
- É este! O que achas?
A menina começou a separar o seu belo cabelo em vários punhados. Pareciam fitas de Natal. Num abrir e fechar de olhos o pinheiro estava enfeitado! Estava divinal. O cabelo dela entrelaçava-se aos ramos desde o cocuruto do pinheiro até quase à raiz.
O rapaz começou então a estalar os dedos lançando pequenas fagulhas para o ar. Estas cintilavam alguns segundos mas antes de entrarem em contacto com o pinheiro, extinguiam-se. Eram as melhores luzes de Natal que alguma vez tinham visto. Até os pirilampos que esvoaçavam pela floresta estavam admirados.
- Sim, concordo. Este é o pinheiro de Natal mais bonito deste bosque e arredores. Afasta-te.
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7 comentários:
O Nuno não referiu, mas gostaria de agradecer-me (a mim, Daniela, portanto) a inspiração para este conto. De nada Nuno :P
A magia do Natal ganha maior expressão «aos olhos» das crianças. Muito bom.
Para enfeitar o conto por completo, sou faltou mesmo a referência à musa. Tens de redimir-te ;)
Abraços
A musa? Quem o Hélder?
Na verdade, entre outras coisas, uma das influências para ter escrito este conto, foi uma conversa que tivemos na tua nova casa!
Não me recordo. Devia ser quando eu estava a fazer de bom anfitrião, a preparar qualquer coisa na cozinha ;)
Se os cabelos da menina cabelos de princesa se entrelaçavam entre os ramos do pinheiro como é que ela saía de lá? :) ;) :p
ps- eu imitei as carinhas
A menina dos cabelos de princesa é cá uma espertalhona...
Tio porque é que não é o Tocha-Humana ?
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